domingo, 20 de junho de 2010

Brasil vence, convence e se classifica



A principal notícia do dia na Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010 não soa exatamente como novidade: o Brasil está classificado, com uma rodada de antecedência, para as oitavas de final do torneio.
Dois belos gols de Luís Fabiano e um de Elano deram à Seleção a vitória por 3 a 1 sobre a Costa do Marfim no estádio Soccer City, em Johanesburgo, que valeu à equipe de Dunga a passagem para a próxima fase da competição, com seis pontos. É a quinta vez consecutiva – ou seja, desde que os três pontos por vitória foram instaurados no Mundial, em 1994 – que a Seleção chega á última rodada da fase de grupos já com sua vaga assegurada.
Não foi essa a única escrita mantida no Soccer City: a Seleção Brasileira manteve seu aproveitamento de 100% em partidas de Copa do Mundo diante de equipes africanas. São agora seis jogos só de vitórias.
Entre tantas boas notícias – incluindo aí a boa atuação de Kaká, responsável por dois passes para gol -, houve notas de preocupação, já que Elano entrou numa dividida dura com Ismael Tioté pouco depois de marcar o terceiro gol e saiu de campo de maca, substituído por Daniel Alves. E ainda mais quando, a dois minutos do fim, quando a partida era ríspida e nervosa, Kaká foi expulso de campo com seu segundo amarelo. Os brasileiros, sem Kaká, suspenso, fecham sua participação no Grupo G no dia 25, em Durban, quando enfrentam Portugal – que entra em campo nesta segunda-feira, na Cidade do Cabo, diante da Coreia do Norte. Os africanos enfrentam os norte-coreanos, também no dia 25.
Os primeiros 15 minutos de jogo foram de um curioso estudo tático de lado a lado. Duas equipes que têm no contra-ataque um de seus principais pontos fortes, Brasil e Costa do Marfim pareciam esperar um ao outro para ver quem tomaria primeiro a iniciativa de atacar e, com isso, abrir espaços.
O resultado foi um jogo sem chances, jogado de intermediária a intermediária, com poucos jogadores da linha de defesa se aproximando dos atacante – uma das exceções, como sempre, sendo o lateral direito brasileiro Maicon.

A única solução para quebrar o ritmo era o talento individual, e foi por meio dele que o Brasil abriu o placar aos 25: Robinho tocou para Luís Fabiano na entrada da área, o centroavante deu um lindo passe de calacanhar para Kaká, que, em sua primeira boa jogada na partida, deixou o camisa 9 na cara do gol para acertar uma bomba alta no canto esquerdo de Boubacar Barry. Foi o primeiro gol de Luís Fabiano após seis jogos sem marcar – seu maior período de seca com a camisa da Seleção – e seu 26º em 40 jogos com a Amarelinha.
Mas nem o gol foi capaz de abrir de vez o jogo. Foi só aos poucos, e timidamente, que os marfinenses começaram a incorporar seus laterais ao jogo e a ceder mais espaços para o contra-ataque brasileiro – que, no entanto, pouco conseguiu criar até o final da primeira parte.
Qualquer dúvida quanto à equipe de Sven-Göran Eriksson se abrir de fato ou não acabou logo aos cinco minutos da segunda parte. E, mais uma vez, graças a Luís Fabiano, com um goalço. O atacante do Sevilla recebeu uma bola dividida na entrada da área, pelo lado direito. Deu um balãozinho para tirar Didier Zokora da jogada, aplicou um chapéu em Siaka Tiene e, de esquerda, bateu no canto.
A vantagem era tudo de que a veloz equipe do Brasil precisava para se soltar de vez. As chances apareciam, Kaká participava mais e mais do jogo e, aos 17, foi ele quem criou o lance do terceiro: arrancada pela ponta esquerda, daquelas dignas de suas melhores fases, e o cruzamento rasteiro, preciso para Elano escorar e marcar seu segundo gol na Copa. O camisa 7, pouco depois, se lesionou. A Costa do Marfim foi para o ataque, o Brasil encontrou espaço para trocar belos passes e, ainda na metade do segundo tempo, as quase 85 mil pessoas já gritavam “olé”. Aquele jogo morno da primeira etapa já era coisa do passado. Entre as chances criadas pelos brasileiros e o ímpeto dos “Elefantes”, quem conseguiu resultado foi Didier Drogba. O centroavante do Chelsea recebeu sozinho um cruzamento de Touré Yaya aos 34 minutos e, de cabeça, marcou o primeiro gol da Costa do Marfim no torneio.
O jogo, então, ficou nervoso e ríspido. Mais do que chances, o que se viram foram divididas, faltas duras, nervosismo e, aos 43 minutos, um segundo cartão amarelo para Kaká, que fica de fora da partida contra os portugueses. Depois do apito final, porém, os ânimos se acalmaram, e os jogadores se confraternizaram em campo, trocando cumprimentos e camisas.

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